16 de Dezembro de 2025
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Política Quarta-feira, 10 de Dezembro de 2025, 11:03 - A | A

Quarta-feira, 10 de Dezembro de 2025, 11h:03 - A | A

SERVIDORES E DEFENSORIA

Gallo rebate críticas e diz que MT já concedeu 22% de recomposição salarial

Secretário afirma que governo está limitado por regras federais, mas que desde 2022 já concedeu cerca de 22% de reposição inflacionária, com mais 4,5% previsto na LOA.

Rojane Marta/Fatos de MT

O secretário de Fazenda de Mato Grosso, Rogério Gallo, respondeu às críticas feitas pelo deputado Wilson Santos (PSD), que afirmou em plenário que o governo estaria “judiando” dos servidores públicos e deixando o funcionalismo “de joelhos”. Gallo negou a acusação e apresentou dados sobre a política salarial adotada desde o fim da pandemia.

Segundo ele, Mato Grosso foi o primeiro estado a conceder revisão geral anual após o período de restrições, em 2022. Somando os reajustes concedidos entre 2022 e 2025, a recomposição inflacionária acumulada chega a cerca de 22%. Gallo acrescentou que há mais 4,5% previstos na lei orçamentária, o que pode levar o índice para algo próximo de 30% até 2026.

O secretário lembrou que, entre 2019 e 2021, o Estado estava impedido de conceder aumentos por dois fatores: a Lei de Responsabilidade Fiscal e, depois, a Lei Complementar 173, editada pelo governo federal durante a pandemia, que proibiu reajustes para servidores em todo o país. “Ainda que o governador quisesse, não poderia conceder”, afirmou.

Gallo reconheceu que, sob a perspectiva dos servidores, a recomposição nunca é totalmente satisfatória, mas destacou que o governo precisa equilibrar a valorização da folha com a manutenção do ritmo de investimentos em infraestrutura, sobretudo diante das mudanças previstas com a reforma tributária e da transição marcada para 2033.

Ao comentar a situação da Defensoria Pública, o secretário afirmou que o governo apoia a instituição e lembrou que, entre 2019 e 2025, o orçamento do órgão praticamente dobrou. Disse ainda que havia um déficit histórico nos repasses de duodécimos, corrigido nos últimos anos, e que as novas demandas serão analisadas de acordo com a capacidade financeira do Estado.

Sobre a disputa em torno do veto e da manutenção do patamar de 20% de remanejamento orçamentário, Gallo classificou o resultado como parte do “jogo institucional”. Ele afirmou que o governo seguirá dialogando com a Assembleia, mas defendendo o modelo que, segundo ele, permitiu ao Estado alcançar os atuais níveis de investimento.

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