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Política Domingo, 14 de Dezembro de 2025, 08:01 - A | A

Domingo, 14 de Dezembro de 2025, 08h:01 - A | A

POLÍTICA NACIONAL

Júlio Campos vê “sacolejo” na direita após escolha de Flávio Bolsonaro e diz que candidatura ainda é incerta

Ex-governador afirma que Tarcísio era o nome de consenso e que a direita só terá chances contra Lula se estiver unida.

Rojane Marta/Fatos de MT

O deputado estadual Júlio Campos (União) avaliou que a definição do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo nome do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) como pré-candidato à Presidência provocou um “sacolejo” na política nacional e dentro dos partidos de direita. Para ele, a escolha surpreendeu aliados e interrompeu o movimento de união em torno do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), considerado o nome mais competitivo.

“Foi uma surpresa para todos nós. A direita esperava que Tarcísio fosse o candidato, porque havia quase consenso entre PL, Republicanos, União Brasil, MDB e Podemos. Seria uma grande frente para enfrentar o presidente Lula”, afirmou.

Júlio Campos classificou Flávio Bolsonaro como um político “equilibrado”, mas ainda sem ressonância nacional. Disse também que, segundo o próprio Bolsonaro, a indicação pode ser provisória, utilizada como estratégia de negociação. “Está muito cedo. Só depois da janela partidária, em março, teremos um quadro mais claro”, avaliou.

O deputado disse acreditar que a candidatura presidencial do PL fortalece automaticamente o nome do senador Wellington Fagundes ao governo de Mato Grosso e do senador José Medeiros ao Senado pela sigla.

“Com o PL tendo candidatura própria à Presidência, não há mais dúvida: Wellington é o candidato a governador do partido. E Medeiros será o candidato ao Senado”, afirmou.

Chances da direita contra Lula

Júlio Campos afirmou que derrotar um presidente no exercício do cargo nunca é simples, sobretudo quando, segundo ele, há forte uso da máquina federal. “Lula é pesado. Usa isenções e benefícios para conquistar apoio. A direita só terá chance se estiver unida. Desunida, não vence.”

Questionado se Flávio Bolsonaro teria chance em um cenário em que Jair Bolsonaro perdeu por margem mínima em 2022, Júlio classificou a resposta como “difícil”.

“Quatro anos atrás a direita estava unida e perdeu por 1%. Agora, o governo não está bem avaliado, mas eleição é eleição. Eu ainda vejo Tarcísio como melhor nome para unir todo mundo.”

O deputado citou também outros nomes lembrados pela direita — Romeu Zema (MG), Ratinho Junior (PR), Ronaldo Caiado (GO) e Tereza Cristina (MS) — mas reforçou que apenas Tarcísio teria capacidade de agregar todos os grupos. Ainda assim, ele não descarta que Flávio Bolsonaro desista até março caso as articulações apontem para outra solução.

 

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