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Eleições 2026

Barranco vê aproximação de Pedro Taques com PSB como “nova fase” e defende frente ampla em MT

Petista diz que política se faz “olhando para frente” e não descarta alianças com centro e centro-esquerda

Rojane Marta/Fatos de MT

O deputado estadual Valdir Barranco (PT) avaliou como “algo novo” o movimento do ex-governador Pedro Taques em direção ao PSB em Mato Grosso e disse que não vê impedimento para diálogos futuros com o campo da esquerda. Segundo o deputado, a política deve ser feita “olhando para a frente”, e não presa a embates do passado.

Ele citou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva como exemplo de construção de alianças amplas, lembrando a escolha de Geraldo Alckmin como vice e a recomposição com antigos adversários em São Paulo. Para Barranco, essa postura mostra que é possível reunir forças distintas em torno da defesa da Constituição e da democracia.

Sobre Taques, o petista afirmou que o ex-governador teria o compromisso, segundo entrevistas recentes, de fortalecer o PSB no Estado. Barranco observou que, hoje, a sigla não está colocada claramente no campo da esquerda em Mato Grosso, mas que o atual presidente regional já indicou que não pretende permanecer no partido. Se o PSB se alinhar ao projeto progressista, avalia, o diálogo será bem-vindo.

O deputado também comentou especulações sobre uma chapa ao Senado que uniria o ministro Carlos Fávaro e o governador Mauro Mendes, desejo atribuído a setores do agronegócio. Para Barranco, essa composição tende a ficar apenas no plano dos sonhos. Ele afirmou que Mauro Mendes “jamais será aceito” no campo progressista, por considerar que o governador foi “muito ruim” para políticas sociais e para os servidores públicos.

Questionado sobre a construção das candidaturas ao Senado, o parlamentar disse que a federação liderada pelo PT pretende trabalhar para ter dois nomes definidos, explorando o chamado “segundo voto” dos eleitores. Ele afirmou que não descarta conversar com diferentes lideranças do campo progressista e ressaltou que a prioridade é firmar compromissos claros com o governo Lula, com a democracia e com as políticas sociais.

Barranco também comentou a pré-candidatura da médica Natasha, apresentada pelo PSD como possível nome ao governo de Mato Grosso com apoio da federação. Segundo ele, trata-se de um nome “em construção”, que não enfrenta resistência nem dentro do PT nem entre os partidos aliados. O deputado disse que a federação busca alguém capaz de apresentar “uma nova proposta” para o Estado, alinhada às bandeiras defendidas pela esquerda.

Na avaliação do petista, se Natasha ganhar musculatura política, tornar-se conhecida e se mostrar viável nos próximos meses, poderá consolidar-se como candidata ao governo. Ele afirmou que a indicação da vice também será objeto de negociação entre os partidos e não descartou a possibilidade de diálogo com o senador Jaime Campos, desde que em torno de um projeto capaz de derrotar o grupo político ligado a Mauro Mendes.

Barranco também comentou a polêmica sobre um ato previsto para o dia 16, em que serão entregues máquinas a 142 municípios de Mato Grosso. Ele disse que houve “confusão de interpretação” sobre a presença do presidente Lula. De acordo com o deputado, o material de divulgação informava que Lula e lideranças do PT convidavam para o evento, mas em nenhum momento garantiu a participação presencial do presidente. O parlamentar considerou difícil que Lula esteja no ato, pela agenda apertada, mas disse que, se houver mudança, a presença será bem-vinda.

Ao concluir, o deputado respondeu às críticas do vereador Rafael Ranalli (PL), que insinuou que Barranco estaria tentando “apunhalar” a ex-deputada federal Rosa Neide para disputar uma vaga à Câmara dos Deputados. O petista reagiu com dureza, classificando a fala como ofensiva e ressaltando sua relação de proximidade com Rosa Neide, a quem descreveu como “uma mãe”.

Ele lembrou que a professora foi sua chefe de gabinete no primeiro mandato, que trabalhou pela eleição dela a deputada federal e que continua apoiando seu retorno à Câmara. Barranco afirmou que seu projeto político é disputar novamente a Assembleia Legislativa e garantiu que, enquanto Rosa Neide for candidata a deputada federal, ele não concorrerá ao mesmo cargo, justamente por compartilharem o mesmo eleitorado.

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