Polícia retém 7 mil garrafas de whisky suspeito em VG

PJC

Mais de 7 mil garrafas de whisky foram retidas nesta quinta-feira (23) durante uma operação conjunta da Polícia Civil de Mato Grosso e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em uma distribuidora de bebidas localizada em Várzea Grande. O local é apontado como o principal fornecedor de bebidas para supermercados do interior do estado, onde produtos suspeitos de adulteração foram encontrados nos últimos dias.

A fiscalização foi conduzida pela Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon) e contou com apoio da Vigilância Sanitária Estadual, da Vigilância Municipal de Várzea Grande e da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec). Segundo o delegado Rogério Ferreira, as garrafas apreendidas pertencem à mesma marca identificada em casos de intoxicação no Araguaia. “Há divergência entre os números de lote das caixas e das garrafas, o que motivou a retenção. Ainda não se confirma falsificação, mas o material foi retirado do mercado até o fim da análise”, explicou.

A investigação teve início após as delegacias de Água Boa, Nova Xavantina e Barra do Garças apreenderem bebidas suspeitas de adulteração entre os dias 22 e 23 de outubro. A ação foi desencadeada após denúncias de que várias pessoas haviam passado mal na região do Araguaia, entre os dias 11 e 14, logo após consumir bebidas alcoólicas compradas em supermercados locais. Uma das vítimas permanece internada em Goiânia (GO) com sintomas de intoxicação por metanol.

Na quarta-feira (22), o estado registrou o primeiro caso confirmado de contaminação por metanol em bebida. A vítima é um jovem de 24 anos, morador de Várzea Grande, que apresentou perda visual irreversível e outros sintomas graves após ingerir uma bebida de origem desconhecida. A Decon também apura esse caso e investiga se há relação entre o produto consumido e as bebidas apreendidas nas operações.

As amostras do whisky retido serão periciadas pela Politec e pelo Mapa, que devem confirmar se houve adulteração. Até a conclusão dos laudos, a comercialização do produto está suspensa em todo o estado.