O deputado Eduardo Botelho (União) afirmou que ainda não há decisão do União Brasil sobre as eleições de 2026 e reforçou que o apoio do governador Mauro Mendes ao vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) é uma posição pessoal, não partidária.
“O governador deixou claro que o apoio dele ao Pivetta é pessoal, não compromete o partido. Quando chegar o momento certo, todos os filiados serão chamados para discutir a posição do União”, disse Botelho, em entrevista nesta quarta-feira (29).
O parlamentar comentou o vídeo divulgado pelo senador Jayme Campos (União) nas redes sociais, que sinaliza sua pré-candidatura ao governo do Estado. Botelho afirmou que a movimentação é legítima e que o senador deve buscar apoio nas bases.
“Eu vi o vídeo, foi um sucesso. Agora é o momento de conversar com o partido, percorrer o Estado e ouvir os companheiros. Essa discussão precisa acontecer dentro da União, com calma, sem precipitação”, afirmou.
Botelho negou que haja racha interno na legenda, apesar das diferentes posições entre Mendes e Jayme. “Por enquanto, não há divisão. Pode haver lá na frente, mas espero que não. Até agora está tudo tranquilo”, disse.
O deputado também comentou a discussão sobre o orçamento estadual de 2026, que será debatido em audiência pública no próximo dia 4. Segundo ele, o secretário de Fazenda Rogério Gallo deverá explicar como pretende cumprir a promessa de destinar R$ 1 bilhão a mais para a Saúde.
“Ele vai ter que mostrar qual é a proposta, porque até agora só se faz ajuste por decreto. Isso não é justo com o orçamento nem com o cidadão”, criticou.
Segurança e operações policiais
Sobre a operação no Rio de Janeiro, que resultou na morte de mais de 60 pessoas, Botelho disse concordar com o combate ao crime, mas criticou a politização do tema.
“Concordo com a operação, mas não com a forma como está sendo usada politicamente. Segurança pública é um problema de todos, não de direita ou de esquerda. O que falta é uma ação coordenada, com participação da Polícia Federal e do COAF, para atingir o poder financeiro das facções”, afirmou.
O deputado defendeu a aprovação de uma PEC da Segurança, que cria uma política nacional permanente de enfrentamento ao crime organizado.
Críticas à Energisa
Botelho voltou a cobrar transparência da Energisa nas discussões sobre a renovação antecipada da concessão e afirmou que a Assembleia pode acionar a Justiça para suspender o processo.
“A Energisa está tentando negociar tudo lá em Brasília, sem ouvir a população de Mato Grosso. Nós queremos que ela participe aqui, nas audiências públicas. Já estamos preparando a Procuradoria da Assembleia para, se necessário, ingressar com uma ação judicial contra essa renovação antecipada”, alertou.
O parlamentar disse que a Aneel tem alegado que apenas o Ministério de Minas e Energia pode decidir sobre o contrato e que os deputados devem levar uma proposta formal ao ministro com exigências de melhorias no serviço.
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