O deputado estadual Valdir Barranco (PT) lamentou a manutenção do veto do governo estadual ao projeto que previa acréscimo de 6,8% na correção dos subsídios de servidores de Mato Grosso. Em entrevista, ele afirmou que eram necessários 13 votos para derrubar o veto, mas a proposta recebeu apenas 10 votos favoráveis e 12 contrários, resultado que classificou como frustrante para o funcionalismo.
Segundo o parlamentar, servidores presentes na Assembleia relataram “sensação de traição” após o resultado, porque, nas conversas de bastidor, a impressão era de que havia votos suficientes para derrubar o veto. Barranco disse que, para quem acompanha o dia a dia do plenário, a situação é menos surpreendente, mas entende a decepção de quem não está acostumado ao funcionamento interno da Casa.
Ele afirmou que “derrubar veto aqui na Assembleia é muito difícil” e atribuiu essa dificuldade à ampla base do governo. De acordo com o deputado, o Palácio Paiaguás atua com “rolo compressor”, cobra posicionamento dos parlamentares, entra em contato direto e exige o voto pela manutenção dos vetos encaminhados pelo Executivo.
Barranco também criticou o que considera uma interferência indevida do Poder Judiciário em temas de competência do Legislativo. Para ele, esse tipo de movimento prejudica a imagem das instituições de Mato Grosso e abre precedente perigoso. O deputado disse temer que a influência se espalhe, atingindo não apenas o Judiciário, mas também o Legislativo, o Ministério Público, a Defensoria Pública e o Tribunal de Contas.
Na avaliação do petista, caberá aos servidores avaliarem quem manteve ou não os compromissos assumidos antes da votação. “Eles acompanharam, sabem quem fez compromisso e não cumpriu”, resumiu o parlamentar, ao reforçar que votou alinhado às reivindicações do funcionalismo.










