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O deputado estadual Valdir Barranco (PT) fez um discurso contundente nesta quarta-feira (29), durante a sessão plenária da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), acusou o governador Mauro Mendes (União Brasil) de perseguir os servidores públicos do Estado e "assaltar" os aposentados e pensionistas.
O parlamentar afirmou que o Dia do Servidor Público, celebrado na terça-feira (28), “não foi um dia de comemoração” em Mato Grosso, mas sim de indignação. “Temos um governador que pratica a vassalagem contra os servidores, que persegue, oprime e retira direitos dos trabalhadores do serviço público estadual”, declarou Barranco.
Segundo ele, o governo estadual “assalta todos os meses os proventos dos aposentados e pensionistas” com o desconto previdenciário de 14%, imposto desde 2020.
“Nós não podemos nos dobrar para um governo que assaltou e continua assaltando todos os meses os proventos dos aposentados e pensionistas do estado de Mato Grosso em 14%. No momento em que mais precisam, esses servidores são penalizados. Contribuíram a vida toda com o Estado e agora têm 14% arrancados de seus salários, dificultando até a compra de remédios e alimentos”, criticou.
Barranco também acusou o governador de “destruir conquistas históricas” da educação pública, citando as leis complementares 49 e 50, de 1998, e a lei 510/2013, que previa aumento gradual do poder de compra dos profissionais da educação em 10 anos.
“Essas leis foram fruto de décadas de luta dos trabalhadores e reconhecidas por Dante de Oliveira. Mauro Mendes as ignorou, não cumpre o que está em vigor e trata a educação com descaso”, afirmou o deputado.
O petista ainda voltou a defender a Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), afirmando que o governo tentou extingui-la e só não conseguiu por resistência da Assembleia.
“A Empaer é responsável pela transformação da agricultura de Mato Grosso. O governador tentou trucidar essa empresa, mas esta Casa a salvou”, disse.
Barranco acusou Mauro Mendes de interferir nos outros poderes ao tentar barrar o reajuste de 6,8% dos servidores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), já aprovado pelos desembargadores e encaminhado ao Legislativo.
“Quando imaginaríamos ver um governador meter a mão na cumbuca do Tribunal de Justiça? Ele mobiliza sua base para impedir o direito líquido e certo dos servidores do Judiciário. Isso é uma afronta à independência dos poderes”, afirmou.
