08 de Dezembro de 2025
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Política Quinta-feira, 04 de Dezembro de 2025, 06:35 - A | A

Quinta-feira, 04 de Dezembro de 2025, 06h:35 - A | A

“incoerência”

Deputado critica mudança de votos e diz que Assembleia sai desgastada

Deputado diz que mudança de votos em duas semanas fragiliza credibilidade do Parlamento

Rojane Marta/Fatos de MT

O deputado estadual Wilson Santos avaliou como “histórica e incoerente” a sessão que manteve o veto do governo estadual ao reajuste de 6,8% dos servidores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso. Em entrevista após a votação, ele afirmou que, embora o plenário tivesse aprovado o projeto há duas semanas com ampla vantagem, o governo conseguiu reverter votos e impedir a derrubada do veto. Para o parlamentar, o episódio expõe fragilidades na imagem da Assembleia Legislativa. Leia mais: Assembleia mantém veto e barra reajuste de 6,8% ao Judiciário de MT

A sessão ocorreu no mesmo dia em que foi votada, em primeiro turno, a Lei Orçamentária Anual de 2025. O deputado destacou que, nessa etapa, abriu-se prazo até 11 de dezembro para apresentação de emendas. Ele disse estar concentrado em garantir que pelo menos 20% dos recursos do FETHAB sejam destinados à habitação no Estado, defendendo aumento no investimento em moradia popular.

Sobre o veto ao reajuste dos servidores do Judiciário, Wilson Santos afirmou que a mudança de posicionamento dos parlamentares entre uma sessão e outra marcou o dia. Segundo ele, quando a proposta foi aprovada, o governo contava com apenas “quatro ou cinco votos”. Nesta última votação, porém, obteve 12, número suficiente para manter o veto, já que eram necessários 13 votos para derrubá-lo.

O deputado classificou o episódio como uma contradição evidente: “O mesmo plenário que aprovou a matéria agora a desaprova”, afirmou. Na análise dele, essa situação desgasta o Parlamento e fragiliza sua credibilidade diante da sociedade, pois evidencia que decisões consolidadas podem ser revertidas rapidamente.

Wilson Santos afirmou não saber o que motivou a mudança de posição dos colegas. Disse que gostaria de ter essa resposta, mas observou que apenas 10 parlamentares mantiveram o voto anterior.

Sobre a reação dos servidores, que relataram “sensação de traição” e lembraram que, em conversas prévias, muitos deputados haviam sinalizado apoio à derrubada do veto, Santos afirmou que o sentimento é legítimo. Para ele, a frustração revela duas verdades: a perda de um reajuste considerado certo pelos trabalhadores e o aumento do descrédito da população em relação à Assembleia Legislativa.

O parlamentar concluiu que a situação deixa uma marca negativa na relação entre o Legislativo e o funcionalismo e reforça a necessidade de maior coerência e transparência por parte dos deputados nas deliberações futuras.

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