O deputado Júlio Campos (União) defendeu que o União Brasil tenha candidatura própria ao governo de Mato Grosso em 2026 e que a decisão seja tomada “pelas bases, não em acordos de gabinete”. Ele afirmou que o partido vai consultar filiados e lideranças municipais e propôs um plebiscito interno para definir a estratégia eleitoral. “Candidatura majoritária tem que nascer do coração do povo. Nada de imposição goela abaixo”, disse, em referência a articulações que colocam o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) como nome preferencial de parte da classe política.
Segundo Júlio Campos, o apoio do governador Mauro Mendes (União) a Pivetta é “pessoal” e não vincula a legenda. “O partido tem 55 mil filiados, 60 prefeitos e 303 vereadores. Vamos discutir o que queremos. Se o partido decidir por candidatura própria, não há por que seguir orientação individual”, afirmou. Ele citou como exemplo a eleição suplementar ao Senado, quando, apesar de Mendes apoiar outro candidato, o União Brasil homologou sua candidatura em convenção.
O parlamentar destacou que percorre o interior nos fins de semana e relatou um encontro recente em Cuiabá com cerca de 60 prefeitos para entrega de máquinas e equipamentos adquiridos via emenda do senador Jayme Campos (União). Na avaliação do deputado, o momento é de “diálogo sem radicalismo”. Ele disse manter conversas com nomes de diferentes espectros, como a deputada estadual Janaina Riva, o senador Wellington Fagundes (PL) e o ministro Carlos Fávaro (PSD). “Democracia é a arte do diálogo. Não se discrimina ninguém porque está em governo A ou B.”
Sobre segurança pública, Júlio Campos apoiou a linha dura adotada pelo governo do Rio de Janeiro em operação recente que deixou mais de 60 mortos e cobrou atuação mais firme do governo federal. “As organizações criminosas avançaram no país e é preciso enfrentamento. Aqui em Mato Grosso, não vejo interferência nas eleições, mas a preocupação existe”, afirmou.
Ao finalizar, Júlio Campos reforçou que a eventual candidatura do União Brasil será construída “com aliados e com o eleitor”. Perguntado se já atua como “copiloto” do projeto, respondeu com bom humor que prefere o papel de “mecânico”, enquanto sinalizou a intenção de compor uma chapa com mulher na vice. “Agora é entrar na arena e conversar com quem decide: o eleitor.”
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